Apesar de ser uma condição comum, o Lipedema ainda é pouco conhecido e diagnosticado no Brasil. Não há dados oficiais sobre a sua prevalência, mas estima-se que afete entre 10% e 16% das mulheres brasileiras. Muitas vezes, o Lipedema é confundido com obesidade ou linfedema, o que dificulta o seu tratamento adequado.
O diagnóstico do Lipedema é feito principalmente por meio da avaliação clínica, observando os sinais e sintomas da paciente. Alguns exames complementares podem ajudar a descartar outras causas de edema, como insuficiência cardíaca, renal ou hepática. O tratamento do Lipedema envolve medidas conservadoras, como uso de meias de compressão, drenagem linfática manual, fisioterapia e cuidados com a pele. Em alguns casos, pode-se recorrer à cirurgia de lipoaspiração para remover o excesso de gordura.
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O Lipedema é uma doença vascular crônica que acomete principalmente as mulheres e se caracteriza pelo acúmulo anormal de gordura nos membros inferiores e, às vezes, nos superiores. É uma disfunção orgânica que afeta o sistema linfático, responsável por transportar o líquido linfático pelo corpo, o qual contém células de defesa, proteínas e resíduos que são filtrados pelos gânglios linfáticos.
No caso do Lipedema, o edema está associado ao acúmulo de gordura nas células adiposas, que se tornam maiores e mais numerosas, diferentemente dos edemas comuns que ocorrem quando há um desequilíbrio na produção ou na drenagem do líquido linfático, situação em que ele se acumula nos tecidos e causa o edema, ou seja, o inchaço.
Essa gordura é resistente à dieta e ao exercício, e pode causar dor, inchaço, hematomas e limitação da mobilidade. O Lipedema pode levar a complicações como infecções, linfedema, problemas articulares e psicológicos. O diagnóstico precoce é essencial para evitar o agravamento da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento do Lipedema envolve medidas conservadoras, como uso de meias de compressão, drenagem linfática manual, fisioterapia e cuidados com a pele, e cirúrgicas, como lipoaspiração ou lipectomia, dependendo do estágio e da gravidade da doença. O objetivo do tratamento é reduzir o volume e o peso dos membros afetados, aliviar os sintomas, prevenir complicações e melhorar a autoestima dos pacientes.
O Lipedema afeta principalmente as pernas, desde os quadris até os tornozelos, mas também pode atingir os braços, o abdômen e a região pélvica. O Lipedema não afeta os pés nem as mãos, diferentemente do linfedema.
É comum principalmente em mulheres e se caracteriza por apresentarem com a cintura e pés finos, onde a gordura inicia abaixo da cintura, indo em direção aos tornozelos, onde os pés não são atingidos!
A gordura do Lipedema é diferente da obesidade, a qual tende a formar nodulações no subcutâneo, além de ser um componente inflamatório importante.
As causas são objeto de estudos e ainda não há uma definição exata sobre suas origens, mas sabe-se que há um componente hereditário que está relacionado à fatores hormonais e inflamatórios.
Os fatores genéticos podem predispor algumas pessoas a terem uma maior quantidade e tamanho de células de gordura nas regiões afetadas pelo Lipedema. Essas células podem ter uma maior sensibilidade aos hormônios femininos (estrogênio e progesterona), que estimulam a sua proliferação e retenção de líquidos.
Os fatores inflamatórios podem estar relacionados à liberação de substâncias que danificam os vasos sanguíneos e linfáticos, dificultando a circulação e a drenagem do líquido linfático. Além disso, a inflamação pode causar fibrose, ou seja, o endurecimento dos tecidos.
Diferentemente do que algumas pessoas imaginam, o Lipedema não é causado pelo excesso de peso ou pela falta de exercícios físicos, mas esses fatores podem agravar a doença. Por isso, é importante manter um estilo de vida saudável para prevenir ou controlar o Lipedema.
A pessoa com Lipedema normalmente apresenta um ou mais dos sintomas a seguir:
• Dor e sensibilidade nas pernas, braços ou outras partes do corpo afetadas pelo acúmulo de gordura anormal.
• Inchaço e rigidez nas áreas afetadas, especialmente ao final do dia ou após longos períodos de ficar em pé ou
• Dificuldade para movimentar as articulações e realizar atividades físicas.
• Alterações na aparência da pele, que pode ficar irregular, nodular ou com hematomas frequentes.
• Desproporção entre a parte superior e inferior do corpo, com as pernas ou braços muito maiores que o tronco.
• Baixa autoestima, ansiedade e depressão devido ao impacto estético e funcional da doença, que fazem com que a paciente não tenha vontade de colocar o corpo à mostra.
É importante o diagnóstico precoce e tratamentos adequados para cada estágio, pois o Lipedema pode aumentar o risco de infecções, problemas circulatórios e linfedema.
Alguns tratamentos são indicados para as pessoas que apresentam esse quadro clínico:
• Terapia compressiva: consiste em usar meias, luvas ou faixas elásticas que exercem pressão sobre os membros afetados, melhorando o fluxo linfático e reduzindo o edema.
• Drenagem linfática manual: é uma técnica de massagem que estimula o sistema linfático, facilitando a eliminação do excesso de líquido e toxinas dos tecidos.
• Cuidados com a pele: é importante manter a pele hidratada e limpa, evitando ferimentos, infecções e irritações que podem piorar o quadro.
• Exercícios físicos: a prática regular de atividades físicas de baixo impacto, como caminhada, natação ou bicicleta, ajuda a fortalecer os músculos, aumentar a circulação e prevenir o ganho de peso.
• Alimentação saudável: uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, cereais integrais e proteínas magras, e pobre em gorduras saturadas, açúcares e sal, contribui para o controle do peso e da inflamação.
• Cirurgia: em alguns casos, quando os tratamentos conservadores não são suficientes ou há um comprometimento funcional grave, pode-se recorrer à cirurgia para remover o excesso de gordura. Existem diferentes técnicas cirúrgicas, como a lipoaspiração ou a lipectomia, que devem ser avaliadas pelo médico especialista.
O Lipedema é classificado em cinco tipos, de acordo com as áreas dos membros que estão afetadas. Essa é a classificação anatômica:
• Tipo 1: a gordura se acumula apenas nos quadris e nas nádegas, criando uma aparência de "pêra".
• Tipo 2: a gordura se estende das nádegas até os joelhos, formando dobras ou saliências na parte interna dos joelhos.
• Tipo 3: a gordura se espalha por toda a perna, desde o quadril até os tornozelos, podendo causar deformidades ou desproporções.
• Tipo 4: a gordura se concentra nos braços, podendo afetar também as mãos e os dedos.
• Tipo 5: a gordura se localiza na parte inferior das pernas, desde os joelhos até os tornozelos, deixando a parte superior das pernas sem alterações.
O Lipedema tem diferentes estágios de evolução, que variam de acordo com a gravidade dos sintomas e a aparência da pele. Os principais estágios do Lipedema são:
• Estágio 1: a pele tem uma superfície lisa e regular, mas a gordura subcutânea é aumentada e macia ao toque. O inchaço é leve e pode ser aliviado com repouso e elevação dos membros. A dor é ocasional e suportável.
• Estágio 2: a pele começa a apresentar irregularidades, como ondulações, nódulos ou depressões. A gordura subcutânea é mais espessa e dura ao toque. O inchaço é moderado e persistente, mesmo com repouso e elevação dos membros. A dor é frequente e intensa.
• Estágio 3: A pele tem uma superfície muito irregular, com grandes protuberâncias ou dobras. A gordura subcutânea é muito volumosa e fibrosa ao toque. O inchaço é severo e constante, dificultando o movimento e a mobilidade dos membros. A dor é constante e insuportável.
O Fisioterapeuta Dermatofuncional é o profissional habilitado para avaliar, prevenir e tratar as complicações do Lipedema, utilizando recursos como drenagem linfática manual, Taping e plataforma vibratória. Essas técnicas visam reduzir o edema, a fibrose, a inflamação e a gordura localizada, melhorando a circulação sanguínea e linfática, a elasticidade da pele e a qualidade de vida das pacientes.
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